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Novo Ford Ka reforça sua aptidão urbana

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Novo Ford Ka reforça sua aptidão urbana Empty Novo Ford Ka reforça sua aptidão urbana

Mensagem por Admin Sex 25 Abr 2008 - 10:32

(18-12-07) - Aquela história de ser bonito por fora, ter estilo modernista e alternativo durou 10 anos, para o Ka. É assim. Como tudo na vida, chega a hora de mudar e criar responsabilidade. E que responsabilidade tem o novo Ka pela frente: a árdua missão de elevar as vendas da Ford no apertado segmento dos populares. Afinal, não dava mais para sobreviver na mão de cerca de 30 mil compradores ao ano, enquanto os concorrentes vendiam a mesma quantidade em um único mês.

O Ka também tem a dura tarefa de reerguer a planta de São Bernardo da Ford, que foi ameaçada de fechar as portas diversas vezes por falta de produto.

Talento e know-how o Ka tem. Afinal, ele utiliza uma mecânica consagrada pelo público, assim como detalhes já conhecidos na versão anterior e em outros automóveis da marca.

A diferença da novidade foi nítida ao rodar com o modelo nas ruas agitadas e estreitas de São Paulo. Com alguns resquícios do modelo velho, como o pára-brisa, a porta e a maçaneta, o popular da Ford promete.

A versão escolhida pelo Webmotors para percorrer a distância de São Bernardo do Campo à região da Marginal Pinheiros em São Paulo, cerca de 30 km, foi a equipada com motor 1,0-litro. Ela é a mais acessível de todas, com valor sugerido de R$ 25,19 mil.

Como prova de fogo o novo Ka encarou o trânsito mais travado que poderia haver, o de uma sexta-feira à tarde chuvosa. Como convivemos com isso nos grandes centros, esse foi o ambiente natural para sentir a reação de um carro com tendências urbanas.

No pequeno trecho de estrada que pegamos, o Ka se mostrou um automóvel no máximo eficiente. Equipado com o motor Zetec Rocam de 70 cv, a sensação foi “aquela”, de falta de embalo para disparar.

O motor é conhecido no mercado e já consagrado, mas faltou “casá-lo” melhor com a transmissão, a mesma do Fiesta. Ao contrário do Chevrolet Celta, que tem marchas bem curtas, principalmente as primeiras, o Ka tem uma segunda longa, que faz o motor começar a reagir só de 2.000 rpm para cima. Isso é ruim para a cidade, onde a agilidade é o grande trunfo.

De todo modo, como a potência não é tudo nesta categoria e pesa menos que baixo IPI (Imposto de Produtos Industrializados), preço e economia, o Ka não decepcionou.

Ao trafegar pelos corredores e pelas ruas estreitas/esburacadas da cidade foi possível notar a suspensão independente, do tipo McPherson, funcionando sem grandes sacrifícios.

Na parte traseira, o conjunto semi-independente, com amortecedores pressurizados, mantém o carro bem no chão. Vale lembrar que a configuração é a mesma do Ka antigo recalibrada para segurar a traseira maior e mais pesada.

Visualmente o modelo chama a atenção no corre-corre das avenidas, principalmente dos proprietários de outros veículos Ford. Em uma pausa no posto de gasolina, houve pouco interesse dos frentistas e transeuntes. Apenas duas perguntas, de um apaixonado por carros: “Que modelo é este? É nacional?”. A elas se seguiu uma observação: “Nossa como o Ka ficou melhor!”. O tal apaixonado se retirou e entrou em um “apertado” Chevrolet Celta com a família.

Analisando friamente, a reformulação deste modelo, pode-se resumi-la assim: dianteira e traseira mais “encorpada”, com o “miolo” sendo quase exatamente o mesmo. A plataforma do Novo Ka é a mesma do Fiesta Street e apresenta o mesmo entreeixos: 2,45 m.

A tampa do porta-malas ganhou um recorte bem próximo ao escapamento, tipo boca baixa, fato que deixa o visual diferenciado, além de oferecer melhor acesso para colocar a bagagem.

Para quem não gostava daquela história de deitar ao chão para prender o estepe, vale notar que o sistema continua o mesmo. Agora a vantagem é que não há um parafuso, e sim uma alça de fácil acesso. Para o pneu voltar ao lugar, basta um simples encaixe.

O sistema é bom para quem anda com o carro carregado e precisa de espaço no maleiro, mas é ruim para quem pretende fugir dos roubos. O “cadeado” é opcional.

Como é a vida dentro do Ka

Os 15 cm a mais no comprimento, em comparação com a versão anterior, viraram um “mundão”, principalmente se você lembrar que essa medida é a metade de uma régua escolar. Agora, o novo Ka tem espaço tranqüilo para os motoristas e passageiros mais altos, tanto que 1,85 m não foram suficientes para encostar a cabeça no teto.

Algumas peripécias foram feitas para que a Ford chegasse aos bons números. Tanto os bancos dianteiros quanto o traseiro contam com uma leve inclinação em direção ao assoalho, deixando os quadris dos ocupantes mais próximos do chão e elevando sutilmente a altura dos joelhos.

O objetivo é o conforto? Não. Na verdade, foi uma forma de ganhar espaço para as cabeças. Durante o percurso, é nítida a sensação de ficar se equilibrando na ponta do banco para alcançar os pedais.

O acabamento ficou pior se comparado ao da versão anterior. Tanto o forro como a porta são os mesmos, assim como o volante, que só mudou o miolo. Já os botões de acionamento da ventilação e de abertura do porta-malas (muito bem posicionado) são os mesmos da família Fiesta.

A entrada de ar não é mais aquela bolinha charmosa adotada pelo Ka antigo e depois seguida por Citroën C3 e Chevrolet Celta. Agora ela é igual à do EcoSport, aparentemente de um material inferior em qualidade.

O pára-brisa é o mesmo do modelo antigo, mas a visibilidade do Ka melhorou em 100% graças a modificação da área envidraçada traseira. Por falar em vidros, talvez os que tenham fobia de ambientes fechados passem mal lá atrás. Aquelas presilhas basculantes da abertura dos vidros foram eliminadas. Ou seja, não dá para abrir a janela de jeito nenhum. Isso fica mais evidente com a versão quatro-portas ainda fora do leque.

A concorrência

O novo Ka definitivamente é combatente direto do Celta. Ambos prezam por linhas modernas, foram totalmente desenvolvidos no Brasil e têm um motor 1,0-litro que trabalha com alta taxa de compressão. O modelo da GM peca em espaço para os ocupantes traseiros, pela posição de dirigir e pela suspensão não tão robusta como deveria ser.

O modelo da Ford pisa na bola por trazer pouca originalidade (quase tudo é reaproveitado do que já existe em outros modelos da marca) e por apresentar “macetes” para ganhar espaços.

Outro senão são os sete kits de opcionais, que causam uma enorme confusão na cabeça até dos mais intelectuais. Por isso, antes da escolha veja o custo-benefício de cada opcional.

Como equipamentos de série o Ka 1,0-litro tem pára-choque na cor do carro, travas elétricas, alarme e controle remoto de abertura das portas e do porta-malas. O 1,6-litro tem também direção hidráulica.

Na ponta do lápis

O kit Fly é composto de aquecedor, luz elevada de freio, lavador, limpador e desembaçador traseiro, preparação para som nas portas e ajuste interno dos retrovisores. O valor deste pacote é R$ 31,8 mil com motor 1,6-litro e R$ 26,8 mil com motor 1,0-litro.

O kit Class tem ar-condicionado, direção hidráulica e vidros elétricos. Ele custa R$ 30,49 mil com motor 1,0-litro e R$ 33.355 com motor 1,6-litro. Atenção: o Class não vive sozinho. Ele precisa estar casado com o kit Pulse ou Fly (vale notar que esse foi um dos nomes que eram cogitados para o novo Ka).

O kit Pulse tem textura diferenciada nos bancos, espelhos retrovisores com comando interno, maçanetas na cor do veículo, conta-giros, cintos de segurança traseiros retráteis e espelho de cortesia para o motorista. Na versão 1,0-litro, sai por R$ 27,36 mil e, na 1,6-litro, ele vem necessariamente casado com o vidro elétrico, sendo vendido por R$ 33,25 mil.

O kit Somma é formado por ar-condicionado e ajuste interno dos retrovisores. Custa R$ 28,29 mil e só existe na versão 1,0-litro. O Kit Prestige oferece o Fly e direção hidráulica por R$ 27,99 mil, também só para a versão de 70 cv. O kit Neo reúne o Fly mais vidros elétricos por R$ .26,39 mil.

Por fim, o kit Performer, disponível só para a versão 1,6-litro, oferece o Pulse mais o Class e rodas de liga leve. Total: R$ 36,39 mil. Ao todo são 19 combinações de pacotes de opcionais.

A primeira montadora a adotar esse sistema foi a Chevrolet, com o Celta, e ela foi até mais longe, vendendo itens opcionais como acessórios. Se ajuda a estreitar a relação das montadoras com as concessionárias, esse sistema prejudica bastante o consumidor, que não recupera o investimento em itens de conforto na hora da revenda.

Isso acontece porque as cotações de modelos usados levam em consideração o valor de cada versão de um carro e dos itens que elas trazem de série. No caso do Ka, há apenas duas versões, a 1-litro, por R$ 25,19 mil, e a 1,6-litro, por R$ 31,8 mil.

No futuro, quem tiver gasto mais de R$ 6.000 para pegar a versão 1-litro mais equipada (que sai por R$ 31,79 mil) ou pouco menos que isso para ter a 1,6-litro mais completa (R$ 36,39 mil) conseguirá apenas vender seu carro mais facilmente. O dinheiro gasto com os acessórios tende a virar estatística, como índice de desvalorização.

Honda, Toyota e Renault adotam estratégias diferentes desta. Seus carros têm diversas versões e pouquíssimos opcionais. Talvez não por acaso as três tenham emplacado títulos na pesquisa “Os Eleitos”, da revista Quatro Rodas, que mostra o índice de satisfação dos donos dos veículos.

Apesar dos pesares, a proposta da Ford é excelente para o consumidor e o valor é honesto para a versão básica. O novo Ka é um valente, que começa a ser entregue às concessionárias em fevereiro de 2008.
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Tô tirando a carteira
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